Comissão para a Liturgia e Edições CNBB lançam formação online sobre a terceira edição típica do Missal Romano

Comissão para a Liturgia e Edições CNBB lançam formação online sobre a terceira edição típica do Missal Romano

 

A Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com a Associação dos Liturgistas do Brasil (ASLI) e Edições CNBB lançaram a formação: “A Igreja em Oração – formação continuada sobre a tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano”. A formação estará disponível a partir do dia 10 de outubro.

Dom Hernaldo na cerimônia de lançamento do Missal. | Foto: Luiz Lopes – Ascom CNBB.

O bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão, dom Hernaldo Pinto Farias, explica que trata-se de uma proposta de formação, baseada em vídeo-aulas com especialistas em liturgia e membros das Comissões de Liturgia e para os Textos Litúrgicos (Cetel) da CNBB. O curso tem o objetivo de promover, na Igreja no Brasil, uma boa acolhida do Missal Romano.

“Participe desta formação, procure e acesse nossos vídeos para que o Missal seja bem acolhido e a celebração do mistério de Cristo, na Eucaristia, seja cada vez mais uma experiência amorosa de assentarmo-nos à mesa com o Ressuscitado”, convocou. 

Dom Hernaldo reforça que o Papa Francisco na carta apostólica Desiderio Desideravi, sobre a formação litúrgica do povo de Deus, diz que sem uma adequada formação litúrgica ainda persistirão as atitudes arbitrárias na liturgia.

Sobre a formação

A formação online, organizada em uma plataforma digital estruturada pela Edições CNBB, é composta de 10 aulas conduzidas por especialistas em liturgia, nas quais são apresentados os princípios da sagrada liturgia e as principais mudanças da terceira edição típica do Missal Romano.

Os participantes que cumprirem todo o itinerário formativo receberão um certificado do Departamento de Teologia da PUC do Rio de Janeiro. Para participar, é necessário que os interessados acessem a plataforma (aqui) e se inscrevam. A formação tem uma taxa de R$ 25,00

Conteúdos do curso

Contextualização da III edição típica do MR

CETEL e o trabalho dos 20 anos

A Instrução Geral do Missal Romano

O Próprio do tempo e os ritos iniciais

Liturgia da Palavra

Liturgia Eucarística

Oração Eucarística

Música na Liturgia a partir da SC e IGMR

O Espaço litúrgico

Questões práticas: gestos e posturas em vista da unidade

Inscreva-se:

cursosedicoescnbb.com.br

 

 

CNBB lança, em reunião do seu Conselho Episcopal Pastoral, a tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano

Foi lançada na reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na terça-feira, 19 de setembro, a tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano, segundo livro litúrgico mais importante na liturgia da Igreja depois do Evangeliário. O lançamento foi transmitido pela Rede de Vida de televisão e redes sociais da CNBB e Edições CNBB.

Membros da mesa no lançamento do Missal Romano. | Fotos: Luiz Lopes – Ascom CNBB.

Organizada pela Assessoria de Comunicação, Edições CNBB e Comissão Episcopal para a Liturgia, a cerimônia contou com a participação do Núncio Apostólico do Brasil, dom Giambattista Diquattro, do arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, do bispo auxiliar de Brasília, secretário-geral e presidente da Edições CNBB, dom Ricardo Hoepers e do presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, o bispo de Bonfim (BA), dom Hernaldo Pinto Farias.

O presidente da CNBB definiu o lançamento da terceira edição típica do Missal Romano como um “marco histórico” da caminhada da Conferência dos bispos e da Igreja no Brasil. “Devemos e precisamos reconhecer o imenso trabalho desenvolvido ao longo de quase duas décadas para que esta nova tradução do Missal se tornasse realidade”, disse.

Dom Jaime Spengler agradeceu o trabalho da Comissão de Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel), com destaque ao arcebispo emérito de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio, falecido dia 26 de julho deste ano. Agradeceu também o empenho da equipe da Edições CNBB na cuidadosa edição da publicação. “A Igreja que reza, a Igreja orante se inspira no passado, se expressa no presente e olha para o futuro. A liturgia antes de um raciocinar é um ser, antes de um fazer é um crer e viver”, disse.

Percurso da reforma conciliar

Detalhes da publicação do Missal Romano. | Fotos: Luiz Lopes – Ascom CNBB.

O Núncio Apostólico do Brasil, dom Giambattista Diquattro, enalteceu o fato de a CNBB lançar a tradução da terceira edição típica do Missal após os 50 anos da primeira publicação do Missal Romano por Paulo VI.

O representante do Papa Francisco destacou que o resultado do trabalho reflete a orientação traçada pelo Concílio Vaticano II sem deixar de respeitar a tradição e o legítimo progresso nos livros litúrgicos. “Esta edição representa, portanto, a última etapa no caminho da Igreja fiel ao percurso traçado pela reforma conciliar”, disse.

Durante a cerimônia, foi apresentado, em um vídeo, o passo a passo da tradução, processo que levou 19 anos de trabalho. A jornada começou após a promulgação, em 2002, pelo Papa João Paulo II, da nova edição típica. Desde então, foram anos de intenso trabalho de tradução, revisão e aprovação do conteúdo do Missal, coordenados pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel). A terceira edição típica do Missal Romano foi aprovada pelos bispos na 59ª Assembleia Geral da CNBB e encaminhada ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em dezembro de 2022. A confirmação da Santa Sé foi publicada no dia 17 de março deste ano.

Confira, no vídeo abaixo, o passo a passo da tradução

 

Beleza da liturgia e dos ritos da Igreja Católica

O presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, o bispo de Bonfim (BA), dom Hernaldo Pinto Farias fez referência aos colaboradores e peritos da tradução, fruto de um trabalho que definiu como verdadeiramente sinodal. “Foi muito importante a revisão da tradução do missal para fazer aparecer na liturgia a riqueza teológico-litúrgica. Neste Missal, encontraremos o que é a celebração eucarística, sacramento maior da vida da Igreja”, disse.

O bispo, que também foi membro da Cetel, disse que a tradução respeitou a tradição cristã da Igreja uma vez que cuidou de textos das orações que são do primeiro século da Era Cristã e carregam uma teologia da Eucarístia e também uma atitude de obediência à Igreja, o que requer uma formação litúrgica para superar intervenções arbitrárias que podem ser cometidas na liturgia.

“Esse Missal, portanto, é fruto das decisões do Concílio Vaticano II sob as autoridades dos Papa Paulo VI e João Paulo II. É a única Lex Orandi do Rito Romano. Devemos tocá-lo, meditá-lo e assimilá-lo para não ficarmos apenas atentos às novidades e mudanças, mas sobretudo para saborearmos a beleza da liturgia e recuperarmos nosso encanto para com os ritos da Igreja Católica”, disse.

O secretário-geral e presidente da Edições CNBB, dom Ricardo Hoepers, apresentou durante a cerimônia dados mais técnicos e curiosidades sobre a edição do Missal Romano à qual classificou como “primorosa”.  Dom Ricardo enfatizou ainda a estratégia e o processo logístico pensando para fazer o missal chegar a todas as dioceses do Brasil até o dia 3 de dezembro, primeiro domingo do Advento, prazo estabelecido para que todas as comunidades católicas celebrem unidas a partir desta terceira edição do Missal Romano.

Confira, abaixo, a íntegra da cerimônia de lançamento:

 

Reunião do Consep

A reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) acontece na sede da CNBB, dias 19 e 20, com a seguinte pauta: 3ª Edição Típica do Missal Romano, Campanha da Fraternidade 2025, convênios com Timor-Leste e Moçambique, Mês da Bíblia (2023 e 2024) – Carta aos Efésios, Comissão para o Jubileu da Esperança, Igreja Sinodal e Sínodo – outubro de 2023 e 2024, Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi e comunicações das Comissões Episcopais e articulação Pastoral da Moradia e Favela.

 

 

 

 

CNBB lança tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano na terça-feira, 19

CNBB lança tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano na terça-feira, 19

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança oficialmente na próxima terça-feira, 19 de setembro, a tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano, às 10h30, no auditório dom Hélder Câmara, na sede da CNBB, em Brasília (DF). A cerimônia acontece dentro da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) e é organizada pela Assessoria de Comunicação, Edições CNBB e Comissão Episcopal para a Liturgia.

O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, convoca à participação e salienta que é com muita alegria e dedicação, depois de anos de trabalho, que se apresenta a terceira edição típica do Missal. “É um momento emocionante para toda a igreja no Brasil, pois muitos foram os que colaboraram para que esta obra chegasse nas nossas comunidades, paróquias e dioceses”, disse.

O lançamento será transmitido, ao vivo, pela emissora Rede Vida de Televisão,  redes sociais da CNBB (Youtube e Facebook) e Edições CNBB. Participam da cerimônia o Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro; o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler; o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB e presidente da Edições CNBB, dom Ricardo Hoepers, e o presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia, dom Hernaldo Pinto de Farias.

Veja o convite do secretário-geral da CNBB:

Missal Romano

Na liturgia da Igreja, o Missal Romano é o segundo livro litúrgico mais importante. Nele, estão as orações e orientações para as celebrações eucarísticas. O Evangeliário, que traz os textos do Evangelho, é o livro mais importante nos ritos da Igreja.

A tradução brasileira desta terceira edição do Missal Romano levou 19 anos de trabalho. A jornada começou após a promulgação, em 2002, pelo Papa João Paulo II, da nova edição típica. Desde então, foram anos de intenso trabalho de tradução, revisão e aprovação do conteúdo do Missal, coordenados pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel).

A terceira edição típica do Missal Romano foi aprovada pelos bispos na 59ª Assembleia Geral da CNBB e encaminhada ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em dezembro de 2022. A confirmação da Santa Sé foi publicada no dia 17 de março deste ano.

Edições CNBB publica “Orações Eucarísticas para a concelebração” e o “Rito da Missa celebrada com o povo”

Edições CNBB publica “Orações Eucarísticas para a concelebração” e o “Rito da Missa celebrada com o povo”

 

A Edições CNBB lançou mais duas publicações vinculadas à terceira edição típica do Missal Romano: “Orações Eucarísticas para a concelebração” e o “Rito da Missa celebrada com o povo”.  De acordo com o diretor geral da Edições CNBB, monsenhor Jamil Alves de Souza, após o encerramento do processo editorial do Missal Romano, que está sendo enviado às dioceses, a equipe passou a trabalhar em outras publicações ligadas ao missal.

“São dois subsídios – “Orações Eucarísticas para a concelebração” e o “Rito da Missa celebrada com o povo” – que a Edições CNBB, com carinho, com prazer e alegria, entrega hoje para a Igreja no Brasil”, reforça.

Orações Eucarísticas para a concelebração

O presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Pinto Farias, explica na apresentação do subsídio, que decidiram publicar o livro para facilitar a participação dos concelebrantes quando do seu ministério à Mesa Eucarística.

A publicação destina-se às dioceses e paróquias, especialmente aquelas que reúnem o maior número de concelebrantes, para que tenham um material para acompanhar todo o desenvolvimento da Oração Eucarística.

O “Orações Eucarísticas para concelebração” é o livro no qual os presbíteros que acompanham o presidente, o celebrante principal, possam, desde o prefácio até o final da oração eucarística escolhida, acompanhar com um livro bem feito e apropriado para enaltecer o que está sendo realizado: o mistério Eucarístico de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Rito da Missa celebrada com o povo

O diretor geral da Edições CNBB explica que também foi feito um processo editorial e já está disponível para encomenda o “Rito da Missa celebrada com o povo”, destinado ao acompanhamento, pelo povo de Deus, dos ritos que vão participar durante a celebração eucarística.

Como adquirir?

Os subsídios “Orações Eucarísticas para a concelebração” e o “Rito da Missa celebrada com o povo” podem ser adquiridos no site da Edições CNBB (www.edicoescnbb.com.br)

 

 

Comunidades têm até primeiro domingo do Advento para começar a usar nova tradução do Missal Romano

Comunidades têm até primeiro domingo do Advento para começar a usar nova tradução do Missal Romano

 

A Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou, no início deste segundo dia de 60ª Assembleia Geral, 20 de abril, o processo de adaptação da Igreja do Brasil à tradução brasileira da terceira edição do Missal Romano. Como foi decidido na última reunião do Conselho Permanente da CNBB, realizada em março, as comunidades de todo país têm até o Advento para começar a utilizar os novos textos nas celebrações da missa.

O uso dos textos da terceira edição serão facultativos até o primeiro domingo do Advento e depois será obrigatório”, explicou o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia, dom Edmar Peron.

Na missa de ontem, 19 de abril, primeiro dia de assembleia, os bispos já utilizaram os textos da tradução brasileira na Missa com Vésperas, na Basílica Nacional de Aparecida. A celebração marcou o início do uso da terceira edição do Missal Romano no Brasil, cujo processo de tradução e aprovação levou 19 anos.

Dom Edmar explicou que não se trata de um “novo missal” inaugurando uma nova forma de liturgia, como em 1965 pós Concílio Vaticano II, mas a tradução da terceira edição típica do Missal Romano, “o missal pós Concílio Vaticano II, também chamado Missal de Paulo VI”, ressaltou. A terceira edição foi promulgada em 2002 por São João Paulo II e revisada em 2008, com o objetivo de incorporar as disposições litúrgicas e canônicas desde a segunda edição típica, de 1975.

“A Igreja é dinâmica”, afirmou dom Edmar, e precisava incorporar essa dinâmica nos textos do missal. Mas o trabalho das conferências não foi apenas inserir coisas novas, ressaltou, mas principalmente revisar a tradução do missal.

Dom Edmar apresenta prazo para uso do Missal Romano | Foto: Victória Holzbach/CNBB Sul 3

 

Recepção nas comunidades

Dom Edmar apresentou três aspectos fundamentais para a recepção do missal nas comunidades. O primeiro é ter claro que o livro por si só não basta, é preciso “passar do livro à celebração”. E aí o papel fundamental do bispo em promover uma educação litúrgica. “Nós somos, pela Cristus Dominus, moderadores, promotores e guardiães de toda vida litúrgica da nossa Igreja”, reforçou dom Edmar. 

O segundo aspecto é rever o modo de bem celebrar a liturgia. Esta é, explica, um evento de salvação e não apenas rubricas a serem seguidas. “Não celebramos para observar rubricas, celebramos com elas o evento de salvação. Rito não é rubrica a ser observada, mas uma ação de Cristo e da Igreja a ser celebrada”, destaca dom Edmar.

Por fim, não haverá recepção autêntica do missal se este não se tornar fonte da vida espiritual. Segundo a Sacrossantun Conciliun, cita o bispo, a “plena e ativa participação de todo o povo” possibilita que a Liturgia seja, de fato a primeira fonte onde os fiéis vão beber o “espírito genuinamente cristão” (14).

“A meditação contínua (uma “leitura orante”) dos textos do missal o tornarão novos e fonte de nossa vida espiritual”, concluiu dom Edmar. 

Folhetos diocesanos

Os textos do missal serão disponibilizados integralmente pelas Edições CNBB às dioceses que têm folhetos próprios das missas, em tempo hábil para atender a obrigatoriedade do uso no primeiro domingo do Advento. As dioceses podem entrar em contato com a editora para solicitar o material. 

Relatório da Comissão para a Doutrina da Fé

Ainda na primeira parte da manhã, a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé apresentou um relato, como última contribuição aos bispos antes da nova eleição. O bispo da diocese de Santo André (SP) e presidente da comissão, dom Pedro Carlos Cipollini, partiu de uma análise da fé num momento de mudança de época para falar de luzes e sombras na vida de fé da Igreja. Dom Pedro apontou questões desafiadoras que exigem “reflexão e vigilância constante”. 

“Muitos já separaram a vivência da fé, a prática da fé, da religião e da própria vida”, falou dom Pedro. “É preciso, portanto, retomar, recomeçar, a partir de Jesus Cristo (CELAM, Documento de Aparecida, 244-245). Voltar a Jesus Cristo, às origens é voltar ao essencial, retomar o ‘coração da fé’, ao Evangelho do Reino.” Por isso, é preciso transmitir “uma fé capaz de dar esperança para sustentar a vida do povo”.

“Confiemos na ação do Espírito, enviado sobre os apóstolos em Pentecostes”, concluiu dom Pedro Cipollini.

Dom Pedro Carlos Cipollini, presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB | Victória Holzbach/CNBB Sul 3

 

Por Juliana Mastelini Moyses/Arquidiocese de Londrina (PR)